Jornal Negócios

Banco de Portugal reduz previsões de crescimento para 2008
O Banco de Portugal reviu em baixa as previsões de crescimento económico para este ano de 2,2% para 2%. De acordo com os dados divulgados hoje no Boletim de Inverno, o Produto Interno Bruto (PIB) português deverá crescer 2,3%, em 2009, contra a anterior p
Maria João Soares 08 de Janeiro de 2008 às 15:02
O Banco de Portugal reviu em baixa as previsões de crescimento económico para este ano de 2,2% para 2%. De acordo com os dados divulgados hoje no Boletim de Inverno, o Produto Interno Bruto (PIB) português deverá crescer 2,3%, em 2009, contra a anterior previsão de 2,2% e abaixo das estimativas do Governo. O PIB nacional deverá aumentar 2%, em 2008. A anterior previsão do Banco de Portugal, publicada no Boletim de Verão, apontava para um crescimento económico superior, de 2,2%. Ainda assim, as previsões do banco central representam uma melhoria da actividade económica face a 2007. O Banco de Portugal prevê que o PIB tenha crescido 1,9%, no ano passado em 2007, contra a anterior estimativa de 1,8% avançada no Boletim de Verão. Após um crescimento de 1,2% em 2006, as estimativas mais recentes apontam para que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha aumentado 1,9% em 2007. A actual projecção apresenta um crescimento de 2,0% em 2008 e de 2,3% em 2009, valores próximos dos projectados para a área do euro", refere o Banco de Portugal no documento divulgado hoje. O Banco de Portugal está agora menos optimista que o Governo. No Orçamento do Estado para 2008 o Executivo estimou um crescimento do PIB de 2,2%. A maioria dos organismos internacionais antevê um crescimento a rondar os 2% do PIB. Só o investimento foi revisto em alta Em relação a 2008, todas as componentes do PIB foram revistas em baixa, à excepção da Formação Bruta de Capital Fixo, que subiu de 3,1% para 3,3%. O Banco de Portugal estima um crescimento mais modesto da procura interna, de 1,4% contra a anterior previsão de 1,6%. Em 2007 a procura interna deverá ter crescido 1,2%. O crescimento do consumo privado deverá abrandar, este ano, para 1,1%, contra 1,2% em 2007. A anterior previsão era de um aumento de 1,4%. As exportações também vão abrandar, devendo crescer 4,9% depois de terem aumentado 7%, no ano passado. A instituição liderada por Vítor Constâncio justifica esta previsão com "a evolução esperada do indicador da procura externa dirigida às empresas portuguesas, pelo que a quota de mercado, em termos médios, deverá permanecer relativamente estável". As importações também vão abrandar de 4,1%, em 2007, para 2,9%, em 2008. O Banco de Portugal antecipa uma "redução do défice da balança de bens e serviços, nomeadamente da sua componente não energética, num contexto em que a procura interna deverá manter um crescimento inferior ao dos principais parceiros comerciais".
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