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Alemanha compra rede eléctrica para evitar entrada de chineses da REN

A Alemanha alegou razões de "segurança nacional" para investir em parte da maior rede nacional de energia, afastando os investidores chineses que mostravam interesse nesta mesma compra - e que são actualmente os maiores accionistas da portuguesa REN.

Bloomberg
Ana Batalha Oliveira anabatalha@negocios.pt 27 de Julho de 2018 às 10:14
O banco de investimento estatal alemão, o KfW, vai adquirir uma parcela do principal operador de rede eléctrica no país, alegando razões de "segurança nacional": não quer que a fatia em questão vá parar às mãos da chinesa State Grid Corporation of China, que se posicionava nesta corrida.

A instituição bancária estatal está disposta a desembolsar 770 milhões de euros para ficar com 20% da maior rede eléctrica germânica, a 50Hertz. O actual dono desta parcela é a belga Elia System Operator. Esta última empresa será responsável pelos restantes 80% do capital. 

"No âmbito da segurança nacional, o governo federal tem o maior interesse em proteger infraestruturas de energia críticas", justificou o ministro da economia alemão, citado pela Bloomberg. 

A participação da KfW só se pretende, contudo, temporária. A 50Hertz fornece energia a 18 milhões de residentes na Alemanha.

Este não é o primeiro movimento da empresa chinesa, que tem almejado operadores de rede por todo o mundo nos anos recentes. A State Grid of China é inclusivamente o maior accionista da portuguesa REN - Redes Energéticas Nacionais, detendo uma participação de 25% sobre o capital da mesma.  

(Notícia actualizada às 12:39 com mais informação sobre a empresa State Grid)

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