De acordo com os dados publicados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) este aumento poderia ter sido maior não fosse a pandemia e o consequente layoff simplificado.
Em 2020, a remuneração bruta mensal por trabalhador aumentou 2,9%, para 1314 Euros.
De acordo com os dados publicados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) este aumento poderia ter sido maior não fosse a pandemia e o consequente layoff simplificado.
"Efetivamente, o volume de remunerações pagas foi afetado pela aplicação do regime de layoff simplificado até julho de 2020, na medida em que este abrangeu um número substancial de empresas e trabalhadores e implicou uma redução em 1/3 da remuneração base", destaca o INE.
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A influenciar a média também esteve a diminuição de 42 mil trabalhadores nos quadros de pessoal das empresas, uma quebra de 1% face a 2019.
"No ano de 2020, a remuneração total foi mais elevada nas atividades de Eletricidade gás, vapor, água quente e fria e ar frio (3061 Euros) e nas Atividades financeiras e de seguros (2555 Euros), tendo subido 0,7% e 1,8%, respetivamente, em comparação com 2019", sublinha o INE.
Por seu turno, "a remuneração total foi mais baixa nas atividades de Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (814 Euros) e nas atividades de Alojamento, restauração e similares (830 Euros), tendo, porém, subido 1,9% e 0,7%, respetivamente, em relação a 2019".
Em relação à dimensão das empresas também existem diferenças. "Em 2020, a remuneração total variou entre 836 Euros, nas empresas do escalão de 1 a 4 trabalhadores, e 1 631 Euros, nas empresas com 250 a 499 trabalhadores. Nas empresas com 500 e mais trabalhadores, a remuneração total foi um pouco inferior a esta: 1609 Euros. A remuneração média por trabalhador nas empresas do escalão de 50 a 99 trabalhadores (1297 Euros) foi a que se situou mais próxima do total da economia (1314 Euros)".