Sociedade
27 novembro 2018 às 10h23

"A grande vitória foi a forma como a comunidade se uniu em torno do programa Supernanny"

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Rosário Farmhouse faz um balanço do seu primeiro ano à frente da Comissão Nacional de Protecção das Crianças e Jovens.

Sara Beatriz Monteiro

Rosário Farmhouse está há um ano à frente da Comissão Nacional de Protecção das Crianças e Jovens e, em jeito de balanço, fala à TSF dos frutos e das frustrações que marcaram estes doze meses.

Uma das principais vitórias, não só da Comissão Nacional, mas da sociedade em si, foi a suspensão do programa da SIC, Supernanny, um formato em que uma psicóloga ensinava os pais a educarem as crianças, expondo os menores.

"A grande vitória foi a forma como toda a comunidade se uniu em torno do programa Supernanny e se conseguiu perceber que não vale tudo e que as crianças e os jovens tem direitos: à intimidade, à privacidade, a serem ouvidos e a serem respeitados."

Apesar de considerar que a lei portuguesa de proteção de crianças e jovens é "muitíssimo boa", Farmhouse defende que "ainda se nota alguma discricionariedade na interpretação, pouca harmonização na sua interpretação nos vários pontos do país", o que revela uma urgência em "harmonizar procedimentos".

Rosário Farmhouse lamentou ainda que as Comissão de Proteção de Crianças e Jovens - que fazem um "trabalho invisível" - só sejam conhecidas quando há casos isolados que não correm bem.