Jornal Negócios

Lucros da Sonae recuam 21%
Comparação homóloga dos resultados indirectos no semestre foi penalizada pela avaliação de activos imobiliários e pela participação nas telecomunicações. Os resultados directos progrediram 18,7%.
Paulo Azevedo aplicou 828 mil euros: Paulo Azevedo comprou, no final de Março, acções da empresa que lidera. O presidente executivo aplicou mais de 828 mil euros em títulos da Sonae. Ângelo Paupério e Cláudia Azevedo também compraram acções da cotada.
Isabel Aveiro 18 de Agosto de 2016 às 19:04

A Sonae SGPS – que agrega activos de distribuição, centros comerciais, telecomunicações e tecnologias – terminou o primeiro semestre do ano com um resultado líquido, após interesses minoritários, de 77 milhões de euros. O desempenho, segundo os dados apresentados esta quinta-feira ao mercado, representam uma queda de 20,9% (ou 20 milhões de euros), face ao primeiro semestre de 2015.

Os lucros ficam acima do esperado pelos analistas da Haitong (63,4 milhões), do Barclays (55 milhões), da Fidentiis (40 milhões), e abaixo do estimado pelo Caixa BI (89 milhões de euros).

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A companhia registou um resultado directo, antes de interesses minoritários, de 66 milhões de euros, mais 18,7%, "traduzindo o crescimento das vendas e a melhoria do resultado financeiro líquido decorrente do menor nível de dívida líquida e do menor custo médio das linhas de crédito utilizadas".

No entanto, o resultado indirecto recuou 74,3%, no mesmo período, para 11 milhões de euros. Beneficiou "dos movimentos ‘non-cash’ relacionados com a reavaliação de activos da Sonae Sierra", que contudo foi menor do que no mesmo período do ano passado.

Acrescenta a administração liderada por Paulo Azevedo e Ângelo Paupério que o resultado indirecto beneficiou ainda "do ganho de capital obtido com a venda da participação directa de 2,14% no capital da Nos". Todavia, "numa base comparável", face ao primeiro semestre de 2015, "a contribuição do resultado indirecto foi menos em 32 milhões de euros", explica a gestão em comunicado, "devido a efeito negativo do ‘mark-to-market da Nos".

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O EBITDA (ou resultado antes de juros, impostos, amortização e depreciação) recuou 0,4%, para 190 milhões de euros. A margem EBITDA recuou 0,4 pontos percentuais, para 7,8%. A dívida líquida decresceu (1,7%), para 1.389 milhões de euros.

No primeiro semestre do ano, a SGPS registou um volume de negócios de 2.431 milhões de euros "devido principalmente ao contributo positivo da Sonae MC e da Sonae SR".

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Na distribuição alimentar, a Sonae MC – dona dos hipermercados Continente, dos supermercados Continente Bom Dia, das lojas de conveniência Meu Super – alcançou um volume de negócios de 1,69 mil milhões de euros, mais 3,6%.

A Sonae SR – dona da Worten, Sport Zone e Zippy – registou um aumento de 5,5% do volume de negócio, para 614 milhões de euros. A Worten foi responsável por 404 milhões de euros (mais 1,4%) daquele total, enquanto a divisão Sonae Sports and Fashion (Sport Zone, Zippy, Mo, e que inclui agora também 50% da Salsa) o crescimento foi de 14,6%, para 210 milhões de euros.


Quanto à Sonae Sierra, que já apresentou os resultados relativos ao primeiro semestre do ano, o resultado directo da gestora de centros comerciais foi de 27 milhões de euros "uma variação neutral face ao primeiro semestre de 2015".

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Já nas telecomunicações, cujos resultados totais já foram avançados, as receitas operacionais da Nos aumentaram 6,2%, para 743 milhões de euros, "mantendo forte desempenho operacional".

Os títulos da Sonae encerraram a sessão desta quinta-feira a apreciar 0,45% para 0,676 euros.

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