AO MINUTO Pedro Nuno Santos, que se esqueceu que tinha enviado mensagem a aprovar pagamento de 500.000€, explica-se ao país
MOMENTOS-CHAVE
. Pedro Nuno Santos diz que "não tinha memória" de ter aprovado os 500.000€ a Alexandra Reis. "Há momentos de descompressão e de luto com as decisões que tomamos"
. "Não é verdade que eu tenha dito que não sabia de nada ou que soubesse tudo", diz a propósito dos 500.000€ pagos a Alexandra Reis
. "A nossa demissão era essencial para nos livrar a nós e ao Governo". O processo de indemnização a Alexandra Reis "objetivamente correu mal". E o valor "era alto", reconhece Pedro Nuno Santos
. Pedro Nuno Santos confirma reunião a sós com a CEO da TAP para autorizar substituição de Alexandra Reis
Pedro Nuno Santos regressa como deputado a 4 de julho
O antigo ministro das Infraestruturas anunciou que vai regressar à Assembleia da República no próximo dia 4 de julho.
Em resposta ao deputado do PSD Paulo Moniz, Pedro Nuno Santos quis deixar toda a gente descansada: "Não sou candidato a nada. Vou ser deputado no dia 4 de julho".
Frederico Pinheiro ligou primeiro a Pedro Nuno Santos, que depois devolveu a chamada
Pedro Nuno Santos diz que Frederico Pinheiro lhe ligou a dizer que tinha sido demitido, ainda antes da confusão no Ministério das Infraestruturas.
Já sobre os acontecimentos foi o ex-ministro a ligar ao antigo adjunto, "já depois da entrega do computador", mas ainda naquele dia.
"As pessoas ligam, ligaram-me, já não me lembro de quem disse", garante.
Últimas perguntas são do Chega
É a vez de André Ventura, que vai encerrar a segunda ronda. O deputado do Chega volta a inquirir sobre o telefonema com Frederico Pinheiro? Quem disse? E quem fez a chamada?
Ainda sobre este assunto, André Ventura fala sobre os documentos confidenciais, lembrando que os documentos da TAP só foram classificados após o início da comissão de inquérito. O deputado do Chega questiona Pedro Nuno Santos sobre este tema.
Perguntas também sobre a indemnização paga a Alexandra Reis e sobre a conduta do Ministério das Infraestruturas naquele caso, bem como um eventual arrependimento de Pedro Nuno Santos na gestão do caso.
Pedro Nuno Santos não se lembra de quem lhe contou da confusão com Frederico Pinheiro
Pedro Nuno Santos não se lembra de quem lhe disse o que tinha acontecido no Ministério das Infraestruturas na noite em que houve a confusão entre as assessoras de João Galamba e Frederico Pinheiro.
O ex-ministro das Infraestruturas explica que ligou ao então adjunto de João Galamba para perceber o que tinha acontecido ao certo.
Baixar preços das viagens entre Lisboa e Maputo? Pedro Nuno Santos fala em "caso caricato"
Responde Pedro Nuno Santos, começando por recusar a tal posição de abuso que a TAP poderia ter na rota entre Maputo e Lisboa.
O ex-ministro das Infraestruturas afirma que seria o "grau máximo" de ingerência política, falando num "caso caricato" que se faça esta questão nesta comissão.
"Imagine o que seria eu interferir", atira, dizendo que a TAP faz os preços que o mercado lhe permite que faça.
Costa prefere Galamba a Pedro Nuno? A pergunta do PSD
É a vez do PSD nesta segunda ronda. O deputado Paulo Moniz questiona Pedro Nuno Santos sobre uma possível posição de abuso da TAP nos voos para Moçambique, que estão acima de mil euros ida e volta.
Paulo Moniz também lembra a diferença nos casos de demissões, uma vez que o primeiro-ministro aceitou, "sem pestanejar", o pedido de demissão de Pedro Nuno Santos, enquanto recusou o ministro João Galamba.
O deputado do PSD fala numa aparente preferência, questionando o ex-ministro das Infraestruturas sobre isso.
Pedro Nuno Santos com saudades da gerigonça: "Foi bom... enquanto durou"
Momento de maior descontração na sala, com Pedro Nuno Santos a dizer que houve dois partidos a viabilizar a reentrada no Estado na TAP.
Houve-se um burburinho vindo de Pedro Filipe Soares, levando o ex-ministro das Infraestruturas a dizer o seguinte: "Isto aconteceu senhor deputado, e foi bom... enquanto durou".
Um momento que gerou algumas gargalhadas na sala, com Pedro Nuno Santos a dizer que o deputado do Bloco de Esquerda olhou para si como se estivesse a dizer alguma asneira.
"Não, houve mesmo um acordo assinado, e acho que correu bem. A memória desses quatro anos é uma memória boa", conclui.
Pedro Nuno Santos garante: "Tinha e tenho uma boa relação com o primeiro-ministro"
Sobre uma questão de alegada falta de solidariedade do primeiro-ministro, Pedro Nuno Santos garante que "tinha e tenho uma boa relação" com António Costa.
"Nunca senti falta de solidariedade. A decisão de demissão foi minha, quando decido demitir-me, decido demitir-me", reitera.
Isto depois de António Costa ter dito que teria demitido "na hora" o secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Mendes, depois de se saber do email a sugerir uma troca de voo para acomodar uma necessidade do Presidente da República.
Pedro Nuno Santos reconhece que o email "não podia ter acontecido e é infeliz", mas garante que Hugo Mendes "é muito mais do que aquele email".
"Quando faço uma avaliação é sobre o todo, e não sobre um momento que não foi feliz", acrescenta.